Como comecei na fotografia: minha trajetória até aqui

⏱️ Tempo de leitura: 6 minutos 

Eu não sei ao certo quando nasceu esse gosto pela fotografia dentro de mim. Mas lembro bem de um momento que, olhando para trás, parece ter sido o ponto de partida: foi no final de 2013, quando passei o Réveillon com minha família em uma chácara. Estava apenas com um celular simples — um Samsung Galaxy S3 mini — e comecei a fotografar tudo ao meu redor.

O lugar era lindo, com uma mobília antiga e cheia de personalidade. Acho que foi isso que despertou em mim o desejo de registrar o que eu via.

Ali, eu não sabia nada sobre técnica. Era só o olhar e o clique.

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Flor depois da chuva
Uma das minhas primeiras fotos

A primeira câmera de verdade

Em 2014, decidi comprar uma câmera. Estava passando pelo centro da cidade e vi, nas Lojas Cem, uma Canon Powershot. Era daquelas compactas com superzoom. Paguei R$1.000 na época, no crediário mesmo.

Na verdade, essa não foi a minha primeira câmera. Já tinha tido uma Cybershot, mas não lembro de usá-la muito. Por isso digo que não sei exatamente quando meu gosto pela fotografia começou. Pode ter sido impulso — na época, era moda ter uma Cybershot — e ela simplesmente sumiu da minha vida. Nunca soube se foi perda ou roubo.

Voltando à Powershot: acabei deixando ela de lado pouco tempo depois. Fora o superzoom, eu não via muita diferença em relação ao que já fazia com o celular. Continuava usando tudo no automático. Era bem amador ainda.

mobília antiga
Mobília antiga da chácara

A virada de chave: aprendendo técnica

Foi só em 2016 que minha relação com a fotografia mudou de verdade. Fiz um workshop gratuito com o fotógrafo Fábio Borgues aqui na minha cidade. Aprendi muito, inclusive a usar o modo manual pela primeira vez.

Mesmo assim, ainda era tudo muito básico. Eu sabia controlar a exposição, mas não entendia composição, luz, ou como realmente transmitir o que eu via.

Foi nessa fase que reencontrei um antigo colega de escola. Ele costumava fazer "rolês fotográficos" e me chamou para acompanhá-lo.

retrato preto e branco
Eu assinando a chamada no Workshop

O primeiro rolê e os aprendizados

Nosso primeiro rolê foi em um hotel abandonado perto da minha cidade. Ele levou uma amiga para fazermos fotos de nu artístico.

Eu era bem cru, sem identidade visual. Estava meio que na sombra dele, que já tinha mais experiência. Apesar de algumas boas fotos que consegui, não me sentia inspirado. E a verdade é que a forma como ele via a fotografia acabava limitando meu próprio olhar.

Ainda assim, algumas fotos saíam boas mesmo sem eu entender composição. Hoje vejo que isso era algo instintivo — talvez um dom mesmo.

A DSLR e o aprendizado com os erros

Em 2018, decidimos fazer uma viagem para Capitólio/MG. Para aproveitar melhor, comprei minha primeira DSLR: uma Canon T6, e junto, uma lente 50mm, já que achava a do kit "muito escura".

Na prática, a lente do kit teria sido suficiente. Mas como eu não tinha conhecimento técnico, lá estava eu tentando fotografar paisagens com uma 50mm cropada.

Capitólio é um lugar incrível, assim como a Serra da Canastra. Mas eu não consegui transmitir essa beleza nas fotos. Nem eu, nem meu colega. Não fizemos um planejamento básico, como verificar a luz, os melhores horários... e voltamos frustrados.


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Nova viagem, novo olhar

Depois de um desentendimento, paramos de conversar. Logo depois, viajei com outro amigo para Ribeirão Claro, no Paraná.

Dessa vez, fui mais preparado. Após o fiasco de Capitólio, comecei a assistir vídeos no YouTube, e encontrei um canal que me ajudou muito: o Zona da Fotografia.

A viagem foi em 2019 e marcou uma virada real. Passei a enxergar beleza nas cores (até então, só fazia fotos em preto e branco, influenciado pelo amigo anterior). Comecei a encontrar minha identidade. Como não andava mais com ele, me libertei da necessidade de aprovação dele.

Fiz fotos sensacionais nessa viagem, e comecei a tirar o máximo da minha câmera de entrada.

homem com chapéu mexendo no celular.
Fotografia de rua feita no Paraná

Meus primeiros trabalhos fotográficos

Depois disso, comecei a receber alguns pedidos de ensaios. Fiz de tudo um pouco — até ensaio infantil (uma experiência que logo percebi não ser pra mim 😅).

Os ensaios femininos saíram bons, mas ainda não era minha praia. Minha essência sempre foi a fotografia de natureza. É onde minha inspiração floresce.


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Influências, identidade e propósito

Mesmo com altos e baixos, todas as experiências — até os erros — moldaram quem eu sou como fotógrafo hoje.

Aquele antigo colega, apesar das diferenças, me influenciou. Foi por causa dele que comecei a gostar de fotografia de rua. Mas no meu DNA mesmo, o que corre é paisagem. E em viagens, consigo unir os dois: registrar tanto a beleza natural quanto a cultura local.

Hoje, gosto de encorajar as pessoas a começarem, mesmo que só tenham um celular. Minha câmera continua sendo de entrada — e isso nunca me impediu de evoluir.

Se eu pudesse indicar só um hobby para alguém começar, com certeza seria a fotografia. Ela me ajudou a crescer, refletir, explorar. E a partir dela, outros hobbies surgiram, todos trazendo mais qualidade de vida.

Conclusão: como aprender fotografia com o que você tem

Se tem algo que minha trajetória mostra, é que dá sim para aprender fotografia com pouco. Com um celular na mão e vontade de observar o mundo, tudo começa a acontecer.

A técnica vem com o tempo. Mas o olhar, esse a gente cultiva com experiências, erros, aprendizados e, acima de tudo, constância.

Até a próxima,
Rafael Augusto,
Criador do Blog Foco na Vida

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